TJRS alerta para golpe no WhatsApp em nome de supostos oficiais de Justiça

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) emitiu um alerta após diversas comarcas do Estado registrarem casos de moradores que receberam mensagens no WhatsApp enviadas por alguém se passando por oficial de Justiça. Segundo o Serviço de Inteligência do Judiciário, trata-se de um golpe que busca capturar logins e senhas para instalar programas maliciosos nos celulares das vítimas.

Os golpistas utilizam técnicas de engenharia social para dar aparência de urgência e credibilidade às mensagens, adotando tom de advertência e oferecendo falsos canais de contato. O texto menciona, inclusive, dados reais das vítimas — como nome completo, endereço e número de documentos — para reforçar a sensação de autenticidade.

A fraude se concretiza com a inclusão de um botão, geralmente identificado como “acessar notificação”. Ao clicar, o usuário é direcionado para um site criado para roubar informações pessoais.

O TJRS reforça que links enviados por oficiais de Justiça verdadeiros levam exclusivamente a páginas oficiais do tribunal, como sistemas de acompanhamento processual e plataformas de audiência.

Operação Paralelo Cinco desarticula esquema que desviou milhões da saúde no RS e em SP

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (25) a Operação Paralelo Cinco, em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS), para desarticular uma organização criminosa suspeita de desviar milhões de reais destinados à saúde em municípios do Rio Grande do Sul e de São Paulo.

Ao todo, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva no RS, em SP e em SC. A Justiça determinou ainda o sequestro de 14 imóveis, a apreensão de 53 veículos e de uma embarcação, além do bloqueio de mais de R$ 22,5 milhões em contas bancárias. Vinte investigados estão submetidos a medidas cautelares, como afastamento de funções, suspensão de atividades econômicas, restrição de acesso a órgãos públicos e proibição de contato entre si.

No Rio Grande do Sul, as ordens judiciais foram executadas em Jaguari, Santiago, Porto Alegre, Gravataí, Alvorada e Gramado. A 2ª Vara Federal de Santana do Livramento também designou interventores para os hospitais municipais de Jaguari (RS) e Embu das Artes (SP), ambos administrados por uma organização social.

De acordo com o inquérito, iniciado em janeiro de 2024, entre 2022 e agosto de 2025 os hospitais receberam mais de R$ 340 milhões em repasses públicos de esferas municipal, estadual e federal. As investigações apontam a existência de um esquema de desvio por meio de empresas de fachada e entidades interpostas, sem capacidade operacional, utilizadas para emitir notas fiscais inidôneas e ocultar o destino real dos recursos. Segundo a PF, os valores eram pulverizados para dezenas de contas de pessoas físicas e jurídicas sem vínculo com os serviços contratados, beneficiando gestores da organização social e alimentando um complexo sistema de ocultação e dissimulação financeira.

Os investigadores também identificaram saques diretos de contas-convênios para custear despesas pessoais, incluindo remunerações elevadas sem prestação de serviços, contratos de trabalho fictícios, aluguéis de imóveis de alto padrão, viagens de luxo, aquisição de bens particulares e manutenção de vantagens privadas — tudo com recursos originalmente destinados aos hospitais de Jaguari e Embu das Artes.

“A operação desta terça visa apreender novos elementos de informação, aprofundar o rastreamento de ativos e reforçar o conjunto probatório já produzido. Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de capitais e outros delitos conexos”, informou a PF.

Nova regra do Pix facilita devolução de transferências indevidas e dificulta ação de golpistas


Entrou em vigor a nova regra do Banco Central que amplia o alcance do Mecanismo Especial de Devolução (MED) e promete facilitar a recuperação de valores enviados por Pix em casos de fraude. A atualização busca dificultar a atuação de golpistas que costumam transferir rapidamente o dinheiro para várias contas a fim de mascarar a origem dos recursos.

Atualmente, a adesão ao MED é opcional para bancos e instituições de pagamento, mas a partir de 2 de fevereiro de 2026 o uso da ferramenta será obrigatório.

O que muda

Com a nova norma, a devolução do dinheiro poderá ser feita a partir de qualquer conta para a qual os valores tenham sido encaminhados depois da fraude — e não apenas da conta que originalmente recebeu o Pix. As instituições participantes passarão a compartilhar informações entre si, permitindo rastrear o caminho do dinheiro e viabilizar a devolução em até 11 dias após a contestação do usuário, segundo o Banco Central.

Antes, os recursos só podiam ser bloqueados e devolvidos a partir da primeira conta envolvida. Na prática, isso dificultava a recuperação das quantias, já que criminosos costumam esvaziar rapidamente essa conta inicial por meio de novas transferências.

O que é o MED

Criado em 2021, o Mecanismo Especial de Devolução pode ser acionado apenas em situações de fraude comprovada ou erro operacional da instituição financeira. O MED não se aplica a casos de desentendimentos comerciais, disputas entre pessoas de boa-fé ou quando o próprio usuário digita incorretamente a chave Pix e envia o valor para a conta errada.

Morre Jimmy Cliff, ícone do reggae, aos 81 anos na Jamaica

O cantor e compositor jamaicano Jimmy Cliff, um dos maiores nomes da história do reggae, morreu aos 81 anos após sofrer uma convulsão seguida de pneumonia. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (24) por sua esposa, Latifa Chambers, em comunicado divulgado nas redes sociais. O artista estava em Kingston, na Jamaica.

“É com profunda tristeza que compartilho que meu marido, Jimmy Cliff, faleceu devido a uma convulsão seguida de pneumonia”, escreveu Latifa. Ela agradeceu à família, amigos, colegas de trabalho e aos fãs que acompanharam a trajetória do músico ao longo de mais de seis décadas. “O apoio de vocês foi sua força durante toda a carreira. Ele realmente valorizava cada fã pelo amor que recebia”, afirmou.

No comunicado, Latifa também agradeceu à equipe médica que acompanhou o artista e pediu privacidade neste momento difícil. “Jimmy, meu querido, descanse em paz. Vou seguir seus desejos. Mais informações serão fornecidas posteriormente. Nos vemos, e nós vemos você, lenda.”

Jimmy Cliff foi um dos principais responsáveis por levar o reggae ao cenário internacional. Dono de uma carreira influente e multifacetada, ganhou dois prêmios Grammy — por Cliff Hanger (1985) e Rebirth (2012). Ele foi o segundo artista de reggae a entrar para o Hall da Fama do Rock and Roll, nos Estados Unidos, depois de Bob Marley, e recebeu a Ordem do Mérito da Jamaica, uma das mais altas honrarias do país.

Entre seus maiores sucessos estão clássicos como “I Can See Clearly Now”, “Wonderful World, Beautiful People”, “You Can Get It If You Really Want” e “The Harder They Come”, canção que também dá nome ao emblemático filme jamaicano de 1972 no qual Cliff atuou como protagonista. Ele também participou do longa Club Paradise (1986), consolidando sua presença no cinema.

Reconhecido mundialmente por sua voz marcante e por seu papel fundamental na difusão do reggae, Jimmy Cliff deixa um legado artístico que influenciou gerações e ajudou a moldar a identidade cultural da Jamaica.

Gravataí-rs: Brigada Militar apreende armas e mais de 1,6 mil porções de drogas em oito horas


A Brigada Militar realizou uma série de ações que resultaram na apreensão de armas, drogas e na prisão de cinco suspeitos entre a tarde e a noite deste sábado (22), em Gravataí. Em apenas oito horas de policiamento ostensivo, o 17º Batalhão de Polícia Militar (17º BPM) desencadeou operações que miraram pontos conhecidos pelo histórico de tráfico de entorpecentes no município.

Segundo a corporação, as equipes estavam em patrulhamento em bairros mapeados por índices elevados de criminalidade quando receberam apoio de denúncias anônimas feitas por moradores. A combinação de monitoramento constante e informações repassadas pela comunidade permitiu aos policiais localizar suspeitos e flagrar atividades de venda de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

Durante as ações, três ocorrências distintas resultaram em prisões. No total, cinco pessoas foram detidas. Os policiais apreenderam duas armas de fogo, 25 munições, dinheiro, acessórios utilizados para fracionar e embalar drogas e mais de 1.600 porções de diferentes tipos de entorpecentes — quantidade considerada expressiva pelas autoridades.

O 17º BPM destacou que as operações fazem parte de uma estratégia contínua de enfrentamento ao tráfico e às organizações criminosas que atuam na cidade. A Brigada Militar reforça que denúncias da população são fundamentais para direcionar o policiamento e aumentar a efetividade das ações.

A corporação afirmou que manterá o ritmo das operações, com foco na prevenção e na melhoria da sensação de segurança dos moradores de Gravataí.

Aliados falam em 'surto pisicótico' e afirmam que Bolsonaro acreditou estar ouvindo vozes na tornozeleira


Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmam que ele enfrentou um “surto” quando utilizou um ferro de solda para tentar danificar a tornozeleira eletrônica que usava. Pessoas próximas à família relatam que Bolsonaro dizia ouvir “vozes” vindas do equipamento, o que teria motivado a ação.

A narrativa ganhou força após a divulgação de um vídeo em que o ex-presidente admite ter “metido ferro” no dispositivo. Antes disso, alguns aliados negavam publicamente qualquer violação — irregularidade citada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes ao decretar a prisão preventiva de Bolsonaro.

Renato Bolsonaro (PL), irmão do ex-presidente, chegou a comparar o relato à “história da Chapeuzinho Vermelho”. Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), avaliou que o episódio revela que o estado emocional do ex-presidente está “totalmente alterado”.

Apesar das divergências, aliados sustentam que Bolsonaro sofreu um surto, mas não tinha intenção de fugir. Argumentam que, se essa fosse a ideia, ele teria rompido a tornozeleira no momento de deixar o local — não 24 horas antes da vigília convocada por Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na porta do condomínio onde o ex-presidente mora, em Brasília.

“Se você estivesse com uma tornozeleira e quisesse fugir em meio a uma vigília, mexeria no computador de monitoramento do equipamento 24h antes ou cortaria rapidamente o aro segundos antes da fuga, com tudo pronto para zarpar?”, escreveu o deputado estadual Lucas Bove (PL) nas redes sociais.

Questionado sobre as imagens do relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) enviado ao STF, que mostram o equipamento chamuscado, o advogado Paulo Bueno, representante de Bolsonaro, limitou-se a dizer que a tornozeleira foi imposta para “causar humilhação” ao ex-presidente.

O documento da Seape-DF aponta queimaduras em toda a circunferência da tornozeleira e registra que uma violação foi detectada às 0h07 de sábado (22). O alerta acionou imediatamente a equipe de policiais penais que fazia a escolta na residência.

“Meti ferro quente aí. Curiosidade... ferro de solda”, disse Bolsonaro a uma policial no momento em que foi questionado. O ex-presidente negou ter tentado romper o equipamento: “Não rompi a pulseira, não. Está tranquilo aí.”

STF | Moraes determina prisão de Bolsonaro



Jair Bolsonaro (PL) violou a tornozeleira eletrônica e apresentava elevado risco de fuga durante a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em frente ao condomínio onde o ex-presidente mora, em Brasília. A avaliação consta na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão preventiva do ex-mandatário.

Bolsonaro, que cumpria prisão domiciliar, foi detido na manhã deste sábado (22) em sua residência. Para Moraes, a proximidade da casa do ex-presidente com a Embaixada dos Estados Unidos — cerca de 13 quilômetros — reforçava a possibilidade de uma tentativa de evasão diante de uma eventual ordem de prisão.
 
Vigília

Na decisão, o ministro afirmou que a realização da vigília representava “altíssimo risco para a efetividade da prisão domiciliar decretada” e colocava em risco a ordem pública e a aplicação da lei penal. Embora o ato tenha sido apresentado como uma mobilização pela saúde de Bolsonaro, Moraes avaliou que a iniciativa reproduzia o “modus operandi da organização criminosa” atribuída ao ex-presidente, utilizando manifestações para obter “vantagens pessoais” e provocar “tumulto”.
 
Violação da tornozeleira

O ministro também registrou que Bolsonaro violou o equipamento de monitoramento eletrônico às 0h08 deste sábado. Segundo Moraes, a ação demonstraria “a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga”, facilitada pelo contexto de confusão gerado pela manifestação convocada por seu filho.

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes marcou para as 12h deste domingo (23) a audiência de custódia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Conforme a decisão que decretou a prisão preventiva do ex-presidente, o procedimento será realizado por videoconferência na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Brasília, para onde Bolsonaro foi levado na manhã deste sábado (22).

A audiência de custódia é uma etapa obrigatória após prisões e serve para verificar se a ordem foi cumprida de forma legal e para avaliar as condições físicas do preso. A audiência não tem como propósito discutir o mérito da acusação ou a decisão que justificou a prisão.

Defesa de Bolsonaro pede ao STF prisão domiciliar humanitária após condenação por golpe de Estado

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou nesta sexta-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a concessão de prisão domiciliar humanitária, alegando que o cumprimento da pena de 27 anos de reclusão em regime fechado representaria risco imediato à integridade física e à vida do ex-mandatário.

No pedido, os advogados afirmam que Bolsonaro enfrenta um “risco concreto e imediato” caso seja enviado a um presídio. Eles sustentam que o estado de saúde do ex-presidente está “profundamente debilitado” e citam uma série de enfermidades, como doença do refluxo gastroesofágico com risco pulmonar, problemas cardiovasculares, ateromatose, apneia do sono grave e neoplasia cutânea. Segundo a defesa, relatórios médicos indicariam que “um mal grave ou súbito” seria apenas uma questão de tempo.

Os advogados também registram que ainda irão apresentar os recursos cabíveis contra a condenação — entre eles, embargos infringentes e possíveis agravos — e afirmam que a execução da pena só poderia ocorrer após o esgotamento dessas etapas.

No documento, a defesa compara o caso de Bolsonaro ao do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que recebeu do ministro Alexandre de Moraes autorização para cumprir pena em prisão domiciliar humanitária, após ser condenado a 8 anos e 10 meses de reclusão.

Segundo os representantes de Bolsonaro, uma eventual ordem de prisão em regime fechado “colocará em risco sua saúde” e prejudicará seu tratamento médico. Eles afirmam que a prisão domiciliar é “a única medida apta a preservar a dignidade humana, a saúde e a própria vida do condenado”.

EUA reduzem tarifas sobre produtos agrícolas brasileiros após negociação entre Trump e Lula


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (20) uma ordem executiva que reduz de 40% as tarifas impostas à importação de uma série de produtos agrícolas brasileiros. A medida beneficia 249 itens, incluindo carne bovina, café, açaí, cacau e outros produtos que haviam sido incluídos no tarifaço aplicado ao Brasil.

A decisão revoga um decreto anterior que declarava “estado de emergência nacional” em razão de práticas atribuídas ao governo brasileiro e que resultou na sobretaxa sobre produtos do país. Segundo o texto divulgado pela Casa Branca, os impostos cobrados desde 13 de novembro deverão ser reembolsados, seguindo os procedimentos da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA.

Na semana passada, Washington já havia reduzido tarifas de cerca de 200 produtos alimentícios, mas aquela ordem tinha efeito global. A nova determinação, porém, se aplica exclusivamente ao Brasil.

Trump citou diretamente sua conversa telefônica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrida em 6 de outubro, como fator determinante para o recuo tarifário. “Concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento”, escreveu o presidente americano.

O governo dos EUA também justificou a medida afirmando ter recebido recomendações internas que apontam progresso nas tratativas com o Brasil, tornando desnecessária a manutenção das alíquotas adicionais.

A retirada das sobretaxas representa alívio imediato para setores brasileiros, especialmente o de café e carne bovina. Os Estados Unidos são o maior comprador de café do Brasil, respondendo por cerca de 16% das exportações do produto. Durante a vigência da tarifa de 50%, as compras americanas de café brasileiro despencaram 51,5% entre agosto e outubro, segundo o Cecafé.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) celebrou a reversão. Em nota, afirmou que a medida “reforça a estabilidade do comércio internacional e mantém condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para a carne bovina brasileira”.

GDF nega privilégio a Bolsonaro em pedido de avaliação médica antes de possível ida à Papuda

O Governo do Distrito Federal (GDF) negou, nesta terça-feira (18), ter dado qualquer tipo de privilégio ao ex-presidente Jair Bolsonaro ao solicitar uma avaliação médica diante da possibilidade de transferência do ex-mandatário para o Complexo Penitenciário da Papuda. A manifestação foi feita pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF) após questionamentos da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF.

Segundo o GDF, o procedimento buscava verificar a “compatibilidade” de Bolsonaro com o cumprimento de pena em regime fechado, considerando possíveis comorbidades ou fragilidade clínica. O governo afirmou que medidas desse tipo são adotadas sempre que há informações prévias sobre o estado de saúde de qualquer custodiado.

Em ofício encaminhado pelo deputado distrital Fábio Félix (PSOL), presidente da comissão legislativa, o parlamentar questionou se o pedido configuraria tratamento diferenciado ao ex-presidente. Em resposta, o secretário de Administração Penitenciária, Wenderson Souza e Teles, rejeitou a hipótese e destacou que avaliações médicas e outras adequações — como solicitações de dietas especiais — são procedimentos comuns e aplicados “indistintamente” a todos os internos. “O caso em análise não configura violação ao princípio da isonomia. Ao contrário, evidencia sua estrita observância”, afirmou o governo distrital na resposta formal.

O pedido de avaliação médica havia sido encaminhado pelo GDF ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, Moraes considerou o requerimento intempestivo e impróprio para análise naquele momento.

A discussão sobre a eventual transferência de Bolsonaro para a Papuda ganhou força após a conclusão do julgamento do núcleo 1 da chamada trama golpista. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão — a pena mais alta entre os 24 réus já sentenciados pelo STF. Apesar disso, ele segue em prisão domiciliar em Brasília.