O governo da Venezuela classificou como uma “provocação militar” a presença do destróier norte-americano USS Gravely em Trinidad e Tobago, país vizinho, onde participa de exercícios conjuntos com as forças locais. Caracas considera a ação uma “grave ameaça à paz no Caribe”.
A manobra ocorre em meio ao aumento da pressão dos Estados Unidos sobre o governo de Nicolás Maduro. Washington tem reforçado sua presença militar na região e conduzido operações contra o tráfico de drogas. Maduro acusa os EUA de tentarem desestabilizar o país e afirmou ter capturado um grupo supostamente ligado à CIA.
O governo de Trinidad e Tobago afirmou que os exercícios buscam fortalecer a cooperação em segurança e combater o crime transnacional, negando qualquer hostilidade à Venezuela.
Durante visita à Malásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ter se oferecido para mediar o diálogo entre Washington e Caracas, defendendo que a América do Sul permaneça como uma “zona de paz”.